quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Incontinência Urinária

           Incontinência urinária é a perda involuntária de urina. Para muitas pessoas, incontinência urinária é uma fonte de constrangimento e dificuldade social que é escondida e deixada sem tratamento.
Para o especialista em urologia pela Universidade de Saint Louis e Indianápolis-Estados Unidos, Dr. Marcelo Horta Furtado, é estimado que mais de 12 milhões de pessoas nos Estados Unidos tenham incontinência urinária e em uma estatística bastante subestimada mais de 50 milhões de pessoas nos países industrializados apresentem o problema.
Segundo o especialista de Belo Horizonte, a incontinência é mais comum entre pessoas mais idosas, afetando um terço daqueles com mais de 60 anos de idade e normalmente, ela afeta mais mulheres do que homens.
Aproximadamente 38% das mulheres americanas possuem algum grau de perda involuntária de urina, e entre pessoas com mais de 60 anos, ocorre duas vezes mais em mulheres do que em homens. Contrário à crença popular, a incontinência urinária não é uma conseqüência normal da idade, embora os músculos do trato urinário possam perder algum tônus quando nós envelhecemos.
Para compreender a incontinência urinária, seria útil compreender o processo da micção. A micção, explica o especialista, é controlada por nervos e músculos do sistema urinário.
O trato urinário inclui os rins (os quais filtram o sangue e excretam os produtos finais do metabolismo do corpo como urina), os ureteres (tubos que conduzem a urina dos rins à bexiga), a bexiga (o saco que serve como reservatório de urina), a próstata em homens (a glândula envolvida na produção de sêmen) e a uretra (tubo que conecta a bexiga ao exterior do corpo).
Quando você não esta urinando, os músculos dos esfíncteres externo e interno da uretra mantém o tubo uretral fechado. Pequenas quantidades de urina são continuamente esvaziadas na bexiga pelos ureteres a cada 10 a 15 segundos. Logo, a urina acumula na bexiga e quando a bexiga está cheia, o cérebro envia sinais para os músculos da bexiga contrair e aqueles da uretra relaxar, permitindo, então, ocorrer a micção.
A incontinência ocorre quando o estoque e o esvaziamento da urina da bexiga não funcionam de uma maneira coordenada. Esta falta de coordenação entre os processos de estoque e esvaziamento é devido a um mau funcionamento dos nervos e músculos da bexiga ou uretra. Em mulheres, a incontinência pode também ser causada por uma perda de suporte da bexiga e uretra, esclarece o médico.

Tratamento

            Existem muitas opções diferentes disponíveis para o tratar a incontinência urinária. O médico é o "expert" em definir qual a opção mais adequada para as necessidades individuais de cada paciente. Neste caso, o médico recomendará uma opção apropriada ou outras opções baseadas nos resultados dos exames realizados.
Alguns dos tratamentos disponíveis incluem: medicações (que tratam a incontinência melhorando a função dos nervos ou músculos da bexiga ou uretra), terapia comportamental (algumas mudanças no comportamento e/ou estilo de vida visando à continência), retreinamento vesical (urinar com horário marcado), fisioterapia (exercícios para musculatura pélvica e perineal) e procedimentos cirúrgicos (são usualmente recomendados em casos mais graves de incontinência, são usados para reparar lesões, anormalidades ou mau funcionamento dos músculos ou tecidos do trato urinário).
Se os tratamentos médicos ou cirúrgicos falham, há alternativas para assegurar um bem - estar e conforto para o paciente. Entre estas alternativas, estão o uso de absorventes (fraldas descartáveis), inserção de um pequeno tubo (cateter) para mecanicamente drenar a urina da bexiga, e uso de equipamentos externos para coletar urina, comenta o especialista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário